sexta-feira, 30 de maio de 2008

Suplício

De súbito, deu-se-me um cálido frenético,
Que enclavinhado tentei não ostentar,
Pois já era a necessidade crepitante e uma libido sem nada de ético,
Que interiormente e voluptuosamente insistiam em clamar

Opresso de tal deleite emparedei a fé,
Tremi de vigor e suores por outrora a ter desvirgado sem clemência,
Insuflava-me o peito em vagas de agonia dilacerada equivalente ao polé,
Pois desejava sodomizar vorazmente até à exaustção "aquela" inocência

Às súplicas molestei e retorqui guturais de satisfação,
Ao choro estridente e de auxílio amordacei,
À expressiva feição de dor contemplei a perdição,
E só então o seu físico prodigioso fissurei

Insaciado e displicente, não no fulgor da vontade,
Decomposto e entorpecido mas intensamente eréctil e descascado,
Puni sem devaneios a castidade,
Onde heregemente e conspurcadamente derramei-me em tom marfinado...